Fundado em Porto Alegre, em 2016, para apoiar órgãos de segurança pública, o Instituto Cultural Floresta (ICF) é um exemplo de como a sociedade civil pode – e deve – colaborar com o Estado em momentos de crise. Desde o início da tragédia climática, a entidade liderada por empresários voluntários mobiliza braços, doações e recursos para ajudar vítimas da catástrofe no Rio Grande do Sul.
Uma das primeiras demandas atendidas foi a entrega de 333 antenas de internet via satélite para órgãos como a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros. As antenas foram fundamentais para recompor os sistemas de comunicação em meio à tempestade – quando até o número 190 saiu do ar.
O grupo também ajudou a organizar a infraestrutura montada junto à Usina do Gasômetro, na Capital, transformada em ponto de resgates no Guaíba.
Com a chegada de policiais do Brasil inteiro para ajudar, foi preciso, também, adquirir itens básicos para garantir o trabalho das equipes. O esforço envolveu a compra de centenas de roupas de mergulho, botas de borracha e coletes salva-vidas, entre outros equipamentos.
— Dali em diante, fomos procurados por doadores querendo enviar água e mantimentos para o Estado, então assumimos essa frente também — conta Claudio Goldsztein, presidente do Conselho do ICF.
O instituto criou um centro de distribuição de doações no estacionamento do Shopping Iguatemi, que já despachou 1,2 mil toneladas de donativos a mais de 120 abrigos e segue funcionando. Somadas, as doações ultrapassam a marca de R$ 20 milhões.
— Agora, estamos estruturando os próximos passos. Vamos apoiar três frentes: a criação de novas moradias, a volta para casa, uma operação em parceria com redes de varejo, para que as famílias consigam se reequipar, e o projeto Reconstrói RS. Ao lado do Instituto Ling e da Federasul, vamos ajudar a definir e viabilizar projetos prioritários — diz Goldsztein.
O que já foi feito
Entre as doações viabilizadas pelo Instituto Cultural Floresta, estão:
- Cerca de 3 mil trajes de neoprene para servidores da segurança e voluntários que atuaram nos resgates
- 780 pares de botas de chuva, 430 lanternas, 500 coletes salva-vidas e 20 boias
- Trinta geradores elétricos e três pick-ups para apoiar centros de comando e coordenação, resgate às vítimas e abrigos públicos e privados
- 350 antenas de internet via satélite Starlink para órgãos como a BM
- 1,2 mil toneladas de produtos para mais de 120 abrigos, a partir do centro de distribuição na Capital
- 30 lava-jatos a gasolina
Como ajudar
Para apoiar as ações do instituto cultural floresta, A chave-Pix é o CNPJ 27.631.481/0001-90.
Fonte: GZH